Arrrrrgentina…

Foi um jogo de xadrez a semifinal. No tabuleiro verde, cada peça tinha uma tarefa e ninguém conseguiu tirar vantagem. Era questão de quem errasse primeiro. E, no meio disso, os torcedores. Tensos.

Argentina ousou um pouco mais. E apenas os pênaltis foram os que definiram a disputa da vaga. Antes dessas emoções, o torcedor argentino se emocionou com a entrega e o fantástico desempenho -com e sem a bola- de Javier Mascherano, o sacrifício de Lucas Biglia, a boa partida de José Sosa. Mas isso não era suficiente se era eliminada.

Sergio Romero pouco apareceu nos 120 minutos de jogo. Era a vez dele. A revanche sobre tudo o que tinha se falado dele, questionada sua convocação. E respondeu logo na primeira cobrança do zagueiro Vlaar. Ainda pegou maravilhosamente o pênalti chutado por Snejder e foi decisivo na classificação da Argentina à final.

Confesso nunca ter visto Leonel Messi comemorar da forma em que o fez dentro do gramado do Itaquerão nesta quarta-feira. Também foram comoventes as imagens de Alejandro Sabella, Javier Mascherano e Martín Demichelis falando com o time nos intervalos da prorrogação. O trunfo argentino, se é que isso existe, é que muitos jogadores desta equipe já sofreram as derrotas para Alemanha em 2006 e 2010 e querem reverter a imagem. Querem entrar para a história. Como fizeram alguns outros homens outro 9 de julho, exatamente há 198 anos.