Yusuf / Cat Stevens

Sempre digo que na apresentação dos artistas estrangeiros o cuidado com a iluminação, os detalhes da cenografia e o jeito de acompanhar o show é muito mais elaborada. Os arranjos eram multicoloridos, inclusive com o palco com as cores do Brasil, sem dúvida não por acaso.

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Na passagem de som de Cat Stevens, onde só nesse momento permitiu fotografá-lo, deu para ver. Mesmo uma lenda da música -e esse ano tive oportunidade de fotografar várias- que somente com sua presença já justificaria assisti-lo, fez questão de que as luzes oferecessem elas por si só um excelente complemento ao espetáculo.

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Os artistas nacionais, salvando algumas exceções, deveriam assistir esses espetáculos (não dá para chamar apenas de shows) para aprender e investir nisso. Afinal, não será apenas o público quem agradecerá. Eles também poderão potenciar ainda mais seu talento e seu repertório.

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Bem vindo ao mundo

Silêncio e pedalar antes do amanhecer. Um mundo bem diferente. Sossegado, sem estresse. Dedicado à contemplação. O inverno aqui no Rio de Janeiro é diferente. Temperatura amena junto com uma claridade e cores vivas difíceis de encontrar.

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É de ficar sem palavras, apenas olhando…

Inspiração

Dizem por aí que a quem madruga Deus ajuda. Não sei se isso é verdade, não sei existe. Mas uma imagem destas comprova que quem madruga vê coisas maravilhosas. Cores inusitadas, degradês impensados em horários normais. E ainda experimenta o raro silêncio ao que já nos desacostumamos…

Uma manhã no Leblon

Foi para cobrir uma pauta que precisei ir de manhã para o bairro do Leblon, na Zona Sul do Rio de Janeiro.

É incrível como chama a atenção um local que cansamos de ver em outros horários do dia e que, durante a manhã cedo, aparece quase deserto e faz que a geografia fique ainda mais evidente diante do olhar.

Os frequentadores também são outros. Aves mais do que pessoas, a vida e as cores parecem se exibir mais à vontade quando o ser humano não invade desmedidamente seu espaço. Aconteceu esta manhã, acontece cada manhã. Para isso, vale a pena madrugar.

O princípio, o meio e o fim

Aos poucos, devagar, começa tudo. Em silêncio, calmamente começam a girar os ponteiros do relógio. Reparar nesses momentos, cada vez mais
infrequentes, é a estratégia.

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A energia necessária, como o ar que se puxa antes de voltar a mergulhar, mergulhar na desenfreada correria que começa cada vez mais cedo cada dia. Assim como o ritmo, as tonalidades também começam a chegar aos poucos.

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E assim, de repente, nos deparamos com uma explosão de cores. Inúmeros estímulos visuais. Tantos e tão variados, dos mais estimulantes mesmo aos menos, bem menos. O leque é amplíssimo. Basta apenas saber escolher aquilo que nos faz melhor.

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Privilégios…

… dos que não passam pelas coisas sem dar uma olhada esperta. Dos que moram em locais cujas paisagens são uma inspiração para “viajar” sem ter que sair do mesmo lugar.

Privilégio para quem pode se encantar com uma coisa tão simples quanto a tonalidade do fim da tarde, com o relevo e as figuras enlouquecidas que andam sem rumo aparente e que se misturam de repente.

Para quem pode reparar que as cores se unem em harmonia, desconhecendo as divisões e as origens diferentes. Luz e cores que se combinam e que provocam. Rio de Janeiro é uma cidade de muitas cores. Uma provocação contínua, uma exuberância sem limites. Sou um dos privilegiados, não dá para reclamar.

No meu jardim florido

Entre a correria diária é bom parar para observar ao nosso redor. As curiosas figuras e cores que se apresentam e às que não damos a menor atenção. Focados e alineados com as nossas obrigações, ignoramos a beleza das coisas mais simples

É bom contemplar como algo simples pode ser instigante. Como a beleza adquire diversas formas e como as formas podem em si, serem a fonte da beleza de todas as coisas.

Natureza da paixão

Na última viagem às Ilhas Maurício pude observar muitas coisas interessantes. Uma delas era a sutil beleza das flores de um cacto que estava nos jardins de um dos hotéis mais caros do mundo, o Royal Palm Beach, que fica no norte da ilha.


Não era a primeira vez que reparava nessas plantas que costumam florescer. Mas chamou minha atenção a cor de fogo que as flores tinham nos extremos das folhas cheias de espinhos.


A intensidade é um requisito para quase tudo dar certo em cada empreitada. Na fotografia isso não é uma exeção. E poucas cores representam a intensidade como o que nos remetem ao calor, ao fogo. É comum ouvir frases como “tal coisa pegou fogo” ou “fulano de tal entrou e incendiou o jogo”. No amor, também a sensação do “calor” ganhando o corpo do interior até o rosto remete à cor avermelhada.


Sábado é um dia bom para experimentar a intensidade…

De volta (da viagem)

Uma viagem é sempre desafiadora pois significa sair da zona de conforto que representa nosso “mundinho” conhecido.
Tive a oportunidade de ir para o outro lado do planeta e me deparar com algo que a teoria explica muito bem, mas só é possível compreender vivenciando.

A realidade é subjetiva, relativa e arbitrária. Real é aquilo que existe e, educados e influenciados pela cultura icónica da imagem, parece que para nós, só existe o que captamos com os olhos. Viajar permite abrir os olhos -para quem se permitir isso- para diferentes realidades. Cores, sabores, cheiros (às vezes nem tão agradáveis assim), vestimentas e costumes que só acrescentam a quem se aventurar.

Conheci um lugar no Oceano Índico, onde convivem religiões, etnias e origens diversas em paz. Onde o culto à natureza não é promovido por Ongs nem por anúncios de TV. Onde a gentileza é moeda corrente sem esperar nada em troca e onde não fala-se em voz alta. Onde agradar o visitante nada tem a ver com “tirar uma casquinha” dele.

Revigorado na volta a casa pensei, e agora estou convicto, em aproveitar o aprendizado e viver melhor, sonhar mais… sabendo que existem muitos mundos possíveis.